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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Mandrágoras


Como que por um instante acordei...
Meus olhos fitavam um leve fio de luz que
Parecia ser de vida...

Como que por um enlace fui envolto
Sentia presas a mim mãos e patas felinas,
Asas aquilaes, e garras lupinas,
Sentia Olhos ocultos e mãos femininas
Sentia Terra e gosto de musgo, sentia-me parte,
Seus sonhos e seus grito envolveram-me.

Pude sentir semente, a germinar em sabores terrais.
Pude sentir a chuva que pregoava o solo sobre mim.
Sou eu parte sua, ou somos parte de um só?
Afirmo, minhas raízes brotaram de sua mesma semente.

Senti o mesmo nectár sorvido, senti o mesmo aroma
Somos caule agora, da qual germinará o que?

Somos Almas... Somos Eros... Somos Alfas em extase...

Havia eregido uma fonte de onde brotavam perfumes adocicados
E deles extraíra pequenas gotas de Amor,
Dessas por sua vez brotaram tais raízes, todos os seres viram
Menos nós.
O que estava entre nós era sim uma linha suave
Que nos ligava as raízes da vida... Chakra...
Chi... Energia... alma...
O que fosse esvaiasse em chamas,
Tais como caldeiras, eu em resplendor de minha pequena morte
Envolvia suas raízes em minhas asas nigras...
Suas folhagens e ramos entranhavam em minhas penas...
Você em diversas euforias e acenos esticava as folhagens.

Pássaros silenciaram, toda a Terra estremeceu.
Em minhas penas apenas sentia o solo e sob mim
Uma mata, voava sobre ela e ao mesmo instante
Sentia-lhe as fontes, de onde jorravam águas únicas.

Tais águas juvenis corriam alegres por entre a mata e os anjos
E esses transbordavam... Sentia a Floresta inteira sob mim
E parecia ser ela também... Erámos um...

Voando em extase, me desfiz em partes únicas
Rasante
Ao partir em sete partes cada qual com peso único
Fiz brotar a aurora, eram 12 cores... nasceram de nós asas nas árvores
deles então fizeram-se novos pássaros
Alma.

Ainda em êxtase, e ainda em nossa pequena morte
Me eregi em curtas cascatas, plenitude, a sensação de liberdade,
Atado pela alma, livre pela Alma, formadas novas cores e seres
Finito era o transe...
Em sono ainda podia ver uma linha suave e clara
Todos os seus seres reverenciavam tal plenitude
Assim como outra vez o meu o havia feito
E adormecido, recolhi e envolvi minhas asas em âmbar
Trazendo para mim uma taça cheia de alegria
Meu corpo inerte por 12 horas fiz deleite...
E adormecida a floresta e suas fadas passeavam
Dos seus ramos brotariam 4 contas, de cada delas 40 letras
De seus nomes não saberia dizê-los...
Mas de sua cor diria Meio alaranjado, blueberry Alma...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Amor


Por certo me pediram para definir Amor
Diria que é simples...

Amor é Ar
Dá vida a coisas novas como sonhos
Transborda e faz colorir tudo a volta
Diria que sendo Ar, as vezes falta
Causando até a morte imediata...
As vezes passa de leve num dia quente
E refresca... como uma brisa... como um vento
As vezes esse ArAmor nos surpreende
E enche de vida cada um

Amor é luz
Dá formas ao que está oculto
Traz a tona o invisível
Diria que sendo luz as vezes falta
Deixando uma escuridão imediata...
As vezes suave e azulado, encantador
E clareia... como um sonho... um lampejo
As vezes essa LuzAmor nos surpreende
E enche de brilho a cada um

Amor é Som
Da timbres ao que está em silencio
E voz ao que está quieto
Diria que sendo Som as vezes falta
Deixando uma surdez plena imediata...
As vezes melódico e carinhoso,
Se faz trilha... Interpreta... harmoniza
As vezes Esse SomAmor nos surpreende
E enche de canções a cada um

Amor é Fogo
Dá calor aos que estão na frieza
E incendeia os corações apaixonados
Diria que sendo Fogo as vezes falta
Deixando uma solidão fria imediata...
As vezes abrasador e envolvente
Brota da Alma... Envolve... Desfaz
As vezes esse AmorFogo nos surpreende
E enche de chamas a cada um

Definiria Amor com todas as palavras
E como nenhuma, é como se Amor
Tivesse apenas um Sinônimo
Vc...

domingo, 9 de agosto de 2009

Entranhas


Sobre a carcaça cansada
Minha pele rasga-se e parte
Da alma para o mundo
Na carne, nos músculos
Um falso sabor de derrota
Ilumina a descansada e turva lagoa
A alma voa
e deita

" M
F "

Okulta atrás de nuvens desgarradas me odeya
Deyta e finge admirar gotas de ágwa
lwa
morta

Dilacere a nuvem e venha
o Brillo korta o cew
eu vejo, ollo, mas nem entendo
nasce
komo que por meya vida e meya morte
nase

A lwa por definno nase

Banna a pele
Fyswrada
de onde lampejos de alma desgarram-se

korre pelo cew e apenas a sirvo
kuando me encosta
minna karne esplode
as fysuras estrondam e esplodem
voam
brillo taw kwa uma estrela
minna Luz é reflekso da twa, minna alma

lig-se

agora

um sol

Alma e Eros

Sob um vasto cercado, foi formado o pedido.
Dentro de belo diálogo, onde o tempo descrito
Deixou-se passar em tanto e em tão pouco surgido.

Tantas estrelas e cores, a povoar o cenário.
Taça e Lança em tez, a desbravar tal corsário.
Forma-se uma cantiga, no presente imaginário.

Taça forjada em brio, com maestria levada
Taça que erguida na noite foi conduzida e inundada
Taça que sob um luar deixa-se iluminada
Taça que em noite escura ilumina a madrugada




Um turbilhão de aromas, flores e chás sobre a mesa,
Estrela que por as entre dores, deixa correr tais veredas.
Terra sem Vida e vazia, Deixa brotar tal certeza!

Um desvendar de sentidos, em que a chama conduz.
Lança em punho se ergue, para elevar a tal luz
E sobre o toque da orquetra, brotam matizes azuis.

Em derramar de sangrias, Lança ataca feroz,
Taça recebe a bebida, Lança se mostra atroz,
Impiedoso e cantante, destemido, hábil, veloz,
Lança se mostra Dançante, Com sibilar de uma voz.




Nascem constelações, umas de aromas e de sons,
Outras de Cores e forma, outras poesias, canções,
Nascem em toque de caixa, em ruborar de pistões.

Nasce uma nova bebida, um vinho novo da Taça
Onde a Lança eregida, derrama chamas e lágrimas
De um doce aroma de doces, doce sabores de uvas

Ambos em batalha se olham, montes serão desvendados
Como que explorasse novas indias, como se explorasse outros lados
Lança e taça se unem, deixam de lado a batalha
Bebem da nova bebida, riem de tudo e de todos.




Lança em fala, lhe urge, unge e deflagra os segredos
Lança em cores se ergue, como a iluminar os sentidos
Lança maior que se lança, lança no ar pensamentos.

Lança! Conduz a Aliança, entre tais povos distintos
Assemelhados no sangue, que derramado é colhido
Lança se faz um regente de tal concerto de feras.

Lança lhe rasga a aridez, faz renascer toda a terra
Lança lhe dá nova vida, transforma Vênus em fera
Taça lhe rompe os sentidos, tange e empala em tez
Lança transforma-se em Marte, Nasce Cupido de vez.




Harmonia é seu nome, do que brotara da guerra
Vênus olha em canto, tal criação sobre a Terra
Marte em sua batalha, não cairá ante a Tróia

Cupido lépido segue, encorajando a todos
Segue aos mando de Vênus, a encantar todo povo
E um pedido lhe é feito, de enamorar sem decoro.

Ao encontrar Psique, Cupido Lança se encanta
Psique Taça adomece, Cupido mira a Lança
Braço de Taça se ergue, move a lança em marca
Lança Cupido a flexa, fere de amor própria alma.




Ó Taça Vênus Psique, faz renascer minha terra
Eu Lança Marte Cupido, hei de cessar a tal guerra
Preferiria morrido se não a ti encontrado.

Ergo um santo Altar, para desbravar as veredas
Um santuário eregido por e para elevar tais certezas
Feito de tal Supernova, que houve nascido e criado

Quando encontra tal Taça, Lança apenas permite
Que como Vênus e Marte, ou Psique e Cupido
Fosse declarado em partes o que havia nascido
Brilho intenso propaga, toma de tudo o que existe