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domingo, 9 de agosto de 2009

Alma e Eros

Sob um vasto cercado, foi formado o pedido.
Dentro de belo diálogo, onde o tempo descrito
Deixou-se passar em tanto e em tão pouco surgido.

Tantas estrelas e cores, a povoar o cenário.
Taça e Lança em tez, a desbravar tal corsário.
Forma-se uma cantiga, no presente imaginário.

Taça forjada em brio, com maestria levada
Taça que erguida na noite foi conduzida e inundada
Taça que sob um luar deixa-se iluminada
Taça que em noite escura ilumina a madrugada




Um turbilhão de aromas, flores e chás sobre a mesa,
Estrela que por as entre dores, deixa correr tais veredas.
Terra sem Vida e vazia, Deixa brotar tal certeza!

Um desvendar de sentidos, em que a chama conduz.
Lança em punho se ergue, para elevar a tal luz
E sobre o toque da orquetra, brotam matizes azuis.

Em derramar de sangrias, Lança ataca feroz,
Taça recebe a bebida, Lança se mostra atroz,
Impiedoso e cantante, destemido, hábil, veloz,
Lança se mostra Dançante, Com sibilar de uma voz.




Nascem constelações, umas de aromas e de sons,
Outras de Cores e forma, outras poesias, canções,
Nascem em toque de caixa, em ruborar de pistões.

Nasce uma nova bebida, um vinho novo da Taça
Onde a Lança eregida, derrama chamas e lágrimas
De um doce aroma de doces, doce sabores de uvas

Ambos em batalha se olham, montes serão desvendados
Como que explorasse novas indias, como se explorasse outros lados
Lança e taça se unem, deixam de lado a batalha
Bebem da nova bebida, riem de tudo e de todos.




Lança em fala, lhe urge, unge e deflagra os segredos
Lança em cores se ergue, como a iluminar os sentidos
Lança maior que se lança, lança no ar pensamentos.

Lança! Conduz a Aliança, entre tais povos distintos
Assemelhados no sangue, que derramado é colhido
Lança se faz um regente de tal concerto de feras.

Lança lhe rasga a aridez, faz renascer toda a terra
Lança lhe dá nova vida, transforma Vênus em fera
Taça lhe rompe os sentidos, tange e empala em tez
Lança transforma-se em Marte, Nasce Cupido de vez.




Harmonia é seu nome, do que brotara da guerra
Vênus olha em canto, tal criação sobre a Terra
Marte em sua batalha, não cairá ante a Tróia

Cupido lépido segue, encorajando a todos
Segue aos mando de Vênus, a encantar todo povo
E um pedido lhe é feito, de enamorar sem decoro.

Ao encontrar Psique, Cupido Lança se encanta
Psique Taça adomece, Cupido mira a Lança
Braço de Taça se ergue, move a lança em marca
Lança Cupido a flexa, fere de amor própria alma.




Ó Taça Vênus Psique, faz renascer minha terra
Eu Lança Marte Cupido, hei de cessar a tal guerra
Preferiria morrido se não a ti encontrado.

Ergo um santo Altar, para desbravar as veredas
Um santuário eregido por e para elevar tais certezas
Feito de tal Supernova, que houve nascido e criado

Quando encontra tal Taça, Lança apenas permite
Que como Vênus e Marte, ou Psique e Cupido
Fosse declarado em partes o que havia nascido
Brilho intenso propaga, toma de tudo o que existe

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