Pesquisar este blog

quinta-feira, 4 de março de 2010

Por Devaneio


Em cósmicas gotas de olhares
Desgastava-se, como que deseja-se
Possuí-la.

Eu, um velho amigo,
Debruçado sobre acordes,
Me defendia de mortos e cobras.

Você, uma jovem mulher,
Por sobre passos de fada,
Me desejava, como um qualquer.

Mal sabes, tu, que sou voraz,
Não como um lobo, nem carcará
But Werewolf stat.
Com garras afiadas
Mas com um suave toque...

E teu olhar infantil
Não via apenas a casca.

Via um homem...

Sentia pavor ao desejar-me.
Sentia desejo, o que sentia?
Apavorada, em pequenos lampejos, luxuria...
O que sentia?

Sentis

Antes com os cabelos ao ar
Queria apenas um pouco mais
Deixava que o espalhassem
Apenas para ser notada,
olhava por entre os fios
Para que eu não a notasse
Mas meus olhos, sábios gorjeiam
Horrores que só seriam profanados
Em união perfeita de acordes dissonantes
E passos contemporâneos

Ainda fugia deles enquanto suas mãos bailavam
Como que meus olhos fossem como arma penetrante
Que também desejava temerosa.

“- imagina só, ele ... eu,,, ais,,, ahhhhhh!!!!!! ”


Antes com os cabelos puxados
De joelhos, queria mais,
Antes com os cabelos puxados para trás,
Com o rosto na cama,
De joelhos, em recitativo
Proclamava promessas...
“- Mais!...”

Deseja gozar,
Desejava mais uma vez,
Desejava uma única vez...

O que desejava?
Gota a gota de um único néctar,
E num compasso único reger a dança

Dessa vez não mais.
ele seria seu regente!
Como uma estrela polar
Seu norte, por 1000 anos num instante
Em ancestral posição: “ – Conduze-me!...”
Bailava como que por um transe
E naquele instante

DESMORONA

Por entre diversas palavras

rubor aflição desejo gozo prazer silencio membro ritmo dança querer mais em fora estéreo forte fraco passo acorde compor dentro
out ahhhh! asssim! óóóó! tambores rufos contradança pirueta deux trois catre shi go nana issooooo! A a a a a a a a a a a a a a ssim .....

E numa escala astronômica ergue-se pomposa
Deixando a mostra o seio, a face e o suor.
Em notas únicas que compõem a nuança
Onde as curvas das vértebras da coluna, são o panteão
E o monumento é conduzido a uma forca
Para seu beneficio. E levam ao éden vasto de possibilidades.
Onde a puxa para a coreografia, onde a grafia são os corpos nus.

Após alguns segundos de loucura, prefere a lucidez
Sentindo ser atravessada por uma única chama
Que por gerações anteriores recriavam em sons,
Em sua lucidez percebe ser conduzida, e o quer.
Após múltiplos cósmicos instantes seus, ele

DESMORONA


Nesse instante, ele aumenta para presto,
Ela sente que é chegada a hora, e nos tambores
Eleva as mãos, alcançando as paredes a frente
Já é dia... já é findo
Salve a aurora anunciada pelos cantos dos pardais
Sua salvação é o esgotamento e
Esgotar-se é o que há de melhor
O hoje já é o amanhã e
Não basta dizer que amanhã será outro dia...
Faça-se o dia para que haja outra noite
Para que haja outro dia
Para que haja mais
Para que aja mais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário