
Como que por um instante acordei...
Meus olhos fitavam um leve fio de luz que
Parecia ser de vida...
Como que por um enlace fui envolto
Sentia presas a mim mãos e patas felinas,
Asas aquilaes, e garras lupinas,
Sentia Olhos ocultos e mãos femininas
Sentia Terra e gosto de musgo, sentia-me parte,
Seus sonhos e seus grito envolveram-me.
Pude sentir semente, a germinar em sabores terrais.
Pude sentir a chuva que pregoava o solo sobre mim.
Sou eu parte sua, ou somos parte de um só?
Afirmo, minhas raízes brotaram de sua mesma semente.
Senti o mesmo nectár sorvido, senti o mesmo aroma
Somos caule agora, da qual germinará o que?
Somos Almas... Somos Eros... Somos Alfas em extase...
Havia eregido uma fonte de onde brotavam perfumes adocicados
E deles extraíra pequenas gotas de Amor,
Dessas por sua vez brotaram tais raízes, todos os seres viram
Menos nós.
O que estava entre nós era sim uma linha suave
Que nos ligava as raízes da vida... Chakra...
Chi... Energia... alma...
O que fosse esvaiasse em chamas,
Tais como caldeiras, eu em resplendor de minha pequena morte
Envolvia suas raízes em minhas asas nigras...
Suas folhagens e ramos entranhavam em minhas penas...
Você em diversas euforias e acenos esticava as folhagens.
Pássaros silenciaram, toda a Terra estremeceu.
Em minhas penas apenas sentia o solo e sob mim
Uma mata, voava sobre ela e ao mesmo instante
Sentia-lhe as fontes, de onde jorravam águas únicas.
Tais águas juvenis corriam alegres por entre a mata e os anjos
E esses transbordavam... Sentia a Floresta inteira sob mim
E parecia ser ela também... Erámos um...
Voando em extase, me desfiz em partes únicas
Rasante
Ao partir em sete partes cada qual com peso único
Fiz brotar a aurora, eram 12 cores... nasceram de nós asas nas árvores
deles então fizeram-se novos pássaros
Alma.
Ainda em êxtase, e ainda em nossa pequena morte
Me eregi em curtas cascatas, plenitude, a sensação de liberdade,
Atado pela alma, livre pela Alma, formadas novas cores e seres
Finito era o transe...
Em sono ainda podia ver uma linha suave e clara
Todos os seus seres reverenciavam tal plenitude
Assim como outra vez o meu o havia feito
E adormecido, recolhi e envolvi minhas asas em âmbar
Trazendo para mim uma taça cheia de alegria
Meu corpo inerte por 12 horas fiz deleite...
E adormecida a floresta e suas fadas passeavam
Dos seus ramos brotariam 4 contas, de cada delas 40 letras
De seus nomes não saberia dizê-los...
Mas de sua cor diria Meio alaranjado, blueberry Alma...